terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ponto 2 - COMPLEXO ITAPICURU, BR 324, Entre o Paraíso e Jacobina

O ponto 02 pertence ao Complexo Itapicuru com coordenadas 11º 12´ 30,4´´S; 40º 20´ 14,8´´W, Tem clima sub-úmido, com solos geralmente espessos, embora localmente encontrem-se neossolos litólicos . A vegetação, pouco variável, é de floresta estacional, parte do Bioma Mata Atlântica. O relevo é suavemente ondulado, no contato com os tabuleiros interioranos (Tabuleiro de Capim Grosso- Tijuaçu) descritos no ponto 1, a fortemente ondulado, constituindo as Serras Azul e da Palmeirinha, onde se torna fortemente ondulado a escarpado, a depender das rochas subjacentes, ver fig. 1.
Figura 1. Em primeiro plano, Tabuleiro de Capim Grosso – Tijuaçu, relevo típico da Formação Capim Grosso. No segundo plano,  relevos ondulados formados em rochas do Complexo Itapicuru. Ao fundo, relevos serranos fortemente escarpados dos quartzitos do Grupo Jacobina.
                                        
O afloramento é um corte de estrada, a sul da estrada Federal que une Capim Grosso a Jacobina. Na parte superior do afloramento pode-se notar a presença de depósitos de sedimentos fluviais caracterizados por grandes seixos arredondados de quartzitos e de quartzo, provavelmente formados pelo  próprio Itapicuru-Mirim ou por seus afluentes.
                                                               
A parte inferior é constituída por rochas metamórficas tais como formações ferríferas, formações manganesíferas, andalusita-xistos,  metacherts e quartzitos ferruginosos (Fig. 2). Os andaluzita-xistos formaram-se a partir do metamorfismo sobre sedimentos argilosos, que foram formados a partir de sedimentos argilosos. As rochas do Complexo Itapicuru têm idade de 2,7 bilhões de anos.
    
Fig.2 Afloramento de rochas metamórficas do Complexo Itapicuru. A= andaluzita-xistos; Mc = metachert; Qf = cherts ferruginosos
                                           
Os sedimentos argilosos que deram origem aos andaluzita-xistos, bem como os metacherts, formações ferríferas e manganesíferas representam deposição em ambiente oceânico profundo, associado a vulcanismo submarino. Embora no afloramento não seja possível verificar a presença de rochas vulcânicas, estas podem ser reconhecidas mais a norte, no Município de Pindobaçu.


Pode-se observar na figura 3 que a foliação destas rochas metamórficas é praticamente vertical. A foliação vertical foi formada há cerca de 2,0 bilhões de anos, quando o paleocontinente Serrinha colidiu com o Bloco lençóis (Sabaté et al., 1991)
Fig. 3. Metacherts e quartzitos com foliação verticalizada. Comprimento da imagem é de cerca de 3 metros.

Neste afloramento, pode-se verificar a forte ação do intemperismo, com formação de caulinita a partir dos xistos, formação de crostas manganesíferas a partir das formações ferríferas e forte oxidação dos metacherts ferruginosos. Na figura 4, abaixo pode-se verificar a presença de massas de caulinita, originadas provavelmente a partir da alteração intempérica de xistos com alto volume de materiais micáceos. Na figura 5, observa-se a cor avermelhada de material fortemente oxidado, possivelmente formações ferríferas.

                                                        
 
                                                  Figura 4 Caulinita formada a partir do intemperismo de xistos. A fotografia tem cerca de 1,5 metros de comprimento

                                                             
Fig. 5.Formaçõs ferríferas fortemente oxidadas


DISCENTES:
Carlos Cavalcante
Cleidiana Alves
Graice Kelly
Maurício Morais
Marcílio Santos
Robério Rodrigues e Juliano Silva.
Samira Araújo
Taísa Simões
Taize Roque

2 comentários:

  1. Nossa, que show heim!!!

    Adorei mesmo o seu blog, aqui realmente é muito top!!!

    Meus parabéns, continuem assim vou continuar seguindo sempre!

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