domingo, 12 de setembro de 2010

Ponto 5 -Complexo Mairi, Pedreira de Jacobina

Complexo Mairi




Pedreira de Jacobina, afloramento de gnaisses cinza mignatíticos do Complexo Mairi


O ponto visitado situa-se na antiga pedreira de brita de Jacobina, a norte da Estrada que liga Jacobina a Miguel Calmon. Tem coordenadas 11º9'36.6" S, 40º33'22.1"W . O afloramento é constituído por gnaisses tonalíticos com vênulas e sheets de granitos a muscovita, observando-se localmente efeitos de assimilação da rocha tonalítica pelo magma intrusivo.O complexo Mairi é constituído por ortognaisses migmatíticos, de composição tonalítica-trondhjemítica-

granodiorítica, com enclaves máficos e ultramáficos, além de ortognaisse granodiorítico-monzogranítico e magnetita granito subordinado. Destacam-se ainda os corpos máficos-ultramáficos diferenciados que ocorrem nas porções sudoeste e leste do município de Jacobina.



Segundo Rabelo et. al. (1998), o Complexo Mairi está localizado entre a falha curva de Mairi, que o bordeja a leste, e o feixe convergente das falhas que envelopam o Cinturão de Jacobina, a oeste, colocando este em contato com escamas do Complexo Itapicuru. O prolongamento sul da falha de Jacobina, principal estrutura de acavalamento do referido feixe, determina a separação deste bloco com os gnaisses dos blocos do Gavião e Paramirim. Ele é constituído por imbricações dos terrenos gnáissicos do complexo Mairi com terrenos supracrustais metamorfizados e migmatizados do Complexo Ipirá, onde um greenstone belt foi identificado.



O relevo pode ser caracterizado como uma depressão, situada entre os relevos residuais da Serra de Jacobina, a Leste, e a cuesta da Serra do Tombador, a oeste. Em meio a esta depressão observa-se a presença de morros em meia-laranja, isolados, cuja origem aparentemente se relaciona à presença de injeções graníticas, mais resistentes ao intemperismo e erosão, em meio às partes rebaixadas, correspondentes aos gnaisses tonalíticos.



O clima no local é subúmido, e a vegetação, em estado de regeneração, é uma transição entre a floresta estacional e a caatinga



No afloramento existia uma pedreira de brita, desativada atualmente.



Beatriz

Claudia

Laíne

Taise Batista

Patricia

Roberta Conceição

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ponto 2 - COMPLEXO ITAPICURU, BR 324, Entre o Paraíso e Jacobina

O ponto 02 pertence ao Complexo Itapicuru com coordenadas 11º 12´ 30,4´´S; 40º 20´ 14,8´´W, Tem clima sub-úmido, com solos geralmente espessos, embora localmente encontrem-se neossolos litólicos . A vegetação, pouco variável, é de floresta estacional, parte do Bioma Mata Atlântica. O relevo é suavemente ondulado, no contato com os tabuleiros interioranos (Tabuleiro de Capim Grosso- Tijuaçu) descritos no ponto 1, a fortemente ondulado, constituindo as Serras Azul e da Palmeirinha, onde se torna fortemente ondulado a escarpado, a depender das rochas subjacentes, ver fig. 1.
Figura 1. Em primeiro plano, Tabuleiro de Capim Grosso – Tijuaçu, relevo típico da Formação Capim Grosso. No segundo plano,  relevos ondulados formados em rochas do Complexo Itapicuru. Ao fundo, relevos serranos fortemente escarpados dos quartzitos do Grupo Jacobina.
                                        
O afloramento é um corte de estrada, a sul da estrada Federal que une Capim Grosso a Jacobina. Na parte superior do afloramento pode-se notar a presença de depósitos de sedimentos fluviais caracterizados por grandes seixos arredondados de quartzitos e de quartzo, provavelmente formados pelo  próprio Itapicuru-Mirim ou por seus afluentes.
                                                               
A parte inferior é constituída por rochas metamórficas tais como formações ferríferas, formações manganesíferas, andalusita-xistos,  metacherts e quartzitos ferruginosos (Fig. 2). Os andaluzita-xistos formaram-se a partir do metamorfismo sobre sedimentos argilosos, que foram formados a partir de sedimentos argilosos. As rochas do Complexo Itapicuru têm idade de 2,7 bilhões de anos.
    
Fig.2 Afloramento de rochas metamórficas do Complexo Itapicuru. A= andaluzita-xistos; Mc = metachert; Qf = cherts ferruginosos
                                           
Os sedimentos argilosos que deram origem aos andaluzita-xistos, bem como os metacherts, formações ferríferas e manganesíferas representam deposição em ambiente oceânico profundo, associado a vulcanismo submarino. Embora no afloramento não seja possível verificar a presença de rochas vulcânicas, estas podem ser reconhecidas mais a norte, no Município de Pindobaçu.


Pode-se observar na figura 3 que a foliação destas rochas metamórficas é praticamente vertical. A foliação vertical foi formada há cerca de 2,0 bilhões de anos, quando o paleocontinente Serrinha colidiu com o Bloco lençóis (Sabaté et al., 1991)
Fig. 3. Metacherts e quartzitos com foliação verticalizada. Comprimento da imagem é de cerca de 3 metros.

Neste afloramento, pode-se verificar a forte ação do intemperismo, com formação de caulinita a partir dos xistos, formação de crostas manganesíferas a partir das formações ferríferas e forte oxidação dos metacherts ferruginosos. Na figura 4, abaixo pode-se verificar a presença de massas de caulinita, originadas provavelmente a partir da alteração intempérica de xistos com alto volume de materiais micáceos. Na figura 5, observa-se a cor avermelhada de material fortemente oxidado, possivelmente formações ferríferas.

                                                        
 
                                                  Figura 4 Caulinita formada a partir do intemperismo de xistos. A fotografia tem cerca de 1,5 metros de comprimento

                                                             
Fig. 5.Formaçõs ferríferas fortemente oxidadas


DISCENTES:
Carlos Cavalcante
Cleidiana Alves
Graice Kelly
Maurício Morais
Marcílio Santos
Robério Rodrigues e Juliano Silva.
Samira Araújo
Taísa Simões
Taize Roque

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ponto 1- Formação Capim Grosso, Estrada Paraíso- Serrolândia

O ponto localiza-se às margens da BA 417, que liga Paraíso a Serrolândia, com coordenadas 11º 18' 41,5''S; 42º 4' 20,5''W

No local aflora a Formação Capim Grosso, composta de areias e sedimentos areno-argilosos subordinados. Segundo Barbosa e Landim (1993) , nas partes basais desta formação podem também ser encontrados conglomerados, em geral limonitizados.



Mapa geológico da Bahia, onde as cores amarelasrepresentam os sedimentos tercio-quaternários

Como resultado da presença destes lençóis de sedimentos parcialmente dissecados, porém com alguma extensão superficial, o relevo é claramente tabuliforme, plano, com suaves ondulações, pertencendo à unidade geomorfológica dos Tabuleiros de Capim Grosso – Tijuaçu (BRASIL, 1983)

O clima é sub-úmido, amenizado pela proximidade da Serra de Jacobina, que atua como uma barreira orográfica, aumentando os totais pluviométricos anuais, e  trazendo como conseqüência o desenvolvimento de uma vegetação transicional entre caatinga e Floresta Estacional, sendo notável a presença freqüente de ouricuri, que constitui a vegetação pioneira nas áreas desmatadas para pastagem e agricultura.



Sedimentos da Formação Capim Grosso, onde desenvolvem-se latossolos


O solo é latossólico (BRASIL, 1983), com horizonte A pouco desenvolvido, cuja diferença, em relação ao horizonte B, subjacente é apnas uma variação de cor, levemente mais acinzentada devido ao húmus. O horizonte B tem cores amarelo-avermelhadas, tipicamente constituído de argilas do tipo caulinita e hidróxidos de ferro (BRASIL, 1983).

A Formação Capim Grosso, graças à predominância de sedimentos arenosos, com elevada porosidade, constitui um aqüífero granular importante, tendo sido explorado pelos moradores locais para abastecimento humano, anteriormente à construção da Barragem de São José do Jacuípe.

A atividade econômica local é a agricultura de subsistência (milho, mandioca, feijão). Graças ao relevo plano e permeabilidade dos solos formados sobre os sedimentos da Formação Capim Grosso, têm sido construídos vários barramentos na região, como Ponto Novo, Pedras Altas e São José do Jacuípe, onde cultura irrigada de fruteiras, principalmente banana, vem sendo implantada.


Referências:

BRASIL. Departamento de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais, Folha Goiânia (SE-22). Rio de Janeiro 1983.


LANDIM. J.M.L; BARBOSA, J.S.F. Mapa Geológico da Bahia.


Discentes:

Caterine Cardoso
Crizalva Pereira
Eliane Moreira
Josiane Rodrigues
Senilde Amaral

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ponto 3 - Formação Rio do Ouro, Entrada da Cidade de Jacobina,

Reconhecemos marcas de ondas numa  rocha
que  evidenciam a existência de um ambiente 
fluvial no passado, as marcas  ficaram
 preservadas pelo processo de litificação (diagênese)




Afloramento da Formação Rio do Ouro, localizado na  entrada de Jacobina, com coordenadas  11º 11' 13,6''S;  40º 30' 13,3'' W. 

No afloramento observa-se a presença de quartzitos esbranquiçados com marcas
de ondas assimétricas (ver fotografia) . A estratificação apresenta-se subvertical.

A Formação Rio do Ouro, tem  idade mínima de  1,9 bilhões de anos. Está  sobreposta à Formação Serra do Córrego, tendo de 2000 a 2300m de quartzito quase puro, com granulação fina a média. A maior porção desta seção é bem exposta na área drenada pelo Rio do Ouro, e aqui denominada Formação Rio do Ouro.
Esta unidade, na parte sul da Serra da Jacobina, integra a "Série" Jacobina,  dividida, da mais antiga à mais recente, nas seguintes formações: Bananeira, Serra do Córrego, Rio do Ouro e Cruz das Almas. GRIFFON (1967) define a Formação Rio do Ouro, na
parte central da Serra da Jacobina, como constituída de quartzitos brancos e verdes e conglomerados locais. MASCARENHAS(1969a) por sua vez, define esta formação, na parte norte da Serra da Jacobina, como composta apenas de quartzitos brancos e verdes. Mais recentemente, INDA & BARBOSA (1978) referenciam a Formação Rio do Ouro como constituída de "quartzitos brancos e verdes, imaturos, bem selecionados, com raros níveis conglomeráticos, contendo metaperidotitos associados, diques de orto-
anfibolitos, metagabros anfibolitizados e camadas de xisto e cianita e andaluzita".

No local, o relevo, classificado como uma serra residual, é fortemente escarpado, com “hogbacks” de vertentes subverticais e altitudes que atingem cerca de 900 metros, sendo sustentado pela presença dos quartzitos, rochas resistentes ao intemperismo.

O clima é subúmido, com totais pluviométricos elevados em relação ao restante do sertão do Estado da Bahia, sendo que as precipitações atingem localmente 1100 – 1200 mm por ano. A vegetação predominante, nas serras quartzíticas, é o campo rupestre, arbustivo, que se desenvolve sobre afloramentos de rochas ou sobre neossolos litólicos de pouca espessura.

A elevada densidade do fraturamento dá origem a acumulações de água em aqüíferos fissurais, que, ao serem interceptados pela superfície topográfica, originam muitas nascentes.

A ocupação da região iniciou-se em fins do século XVII, e no início do século XVIII. A  extração do ouro ocasionou o povoamento e, por consequência disso, foram abertas estradas para melhor acesso a tais localidades.

Discentes: Eleildes França, Juliano Santos, Lucas Araújo e Yara Dias.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, JOHILDO SALOMAO FIGUEIREDO; DOMINGUEZ, JOSE MARIA LANDIM. O NOVO MAPA GEOLOGICO DO ESTADO DA BAHIA AO MILIONESIMO.  SALVADOR, SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA, NUCLEO BAHIA/SERGIPE,1993. 368P.P.6, 1993

Ponto 4 -Formação Serra do Córrego, Entrada da Cidade de Jacobina

  

O ponto está localizado na entrada de Jacobina, tendo coordenadas 11º11´12,5´´S;  40º33´22,1 W No local encontram-se metaconglomerados da Formação Serra do Córrego, formados por seixos de quartzitos e de quartzo, em meio a uma matriz quartzosa.
Estas rochas representam antigos cascalhos fluviais, que foram litificados devido ao soterramento e , posteriormente, metamorfizados. A idade mínima destas rochas é de cerca de  1,9 bilhões de anos.

A região vem sendo alvo de mineração de ouro desde 1701. Os jazimentos primários, que são os mais importantes do distrito aurífero de Jacobina, associam-se a estes  metaconglomerados  da Formação Serra do Córrego (Grupo Jacobina) de idade paleoproterozóica. A essa idade correlaciona-se a época metalogenética Auro-uranífera, reconhecida mundialmente,  tipificada pelos jazimentos de Witwatersrand. A concentração secundária de ouro na região relaciona-se a aluviões recentes que têm baixos teores e volumes pouco expressivos de cascalho. Segundo Mascarenhas & Silva (1994) o ouro da formação Serra do Corrégo teriam provindo do Greenstone Belt de Mundo Novo, o qual, caracterizado pelos autores, inclui parte do Complexo Itapicurú, dentre outras unidades litoestratigráficas supracrustais de idade provavelmente arqueana ou paleoproterozóica.


BIBLIOGRAFIA:

 
  
Mascarenhas & Silva (1994)
Site: www.cbpm.gov.br
BARBOSA, J.M.L, Landim J.S.F Mapa Geológico da Bahia - Texto Explicativo. Salvador, 1996.

   DISCENTES:


Carlos Cavalcante
Cleidiana Alves
Greice Keely
Samira  Araújo
Taize Roque
Taisa  Simões
            
             


Ponto 7 - Contato entre o Complexo Mairi e a Formação Tombador

O afloramento situa-se na estrada Jacobina - Lages do Batata, nas coordenadas  11º 05' 46,7''S, 40º 39' 59''W

No local poder-se verificar a existência de ortognaisses félsicos do Complexo Mairi, bastante intemperizados porém com a foliação metamórficas visível, injetados por pegmatitos a muscovita. Sobre estas rochas repousam os arenitos com estratificações cruzadas da Formação Tombador.

Segundo os geólogos Augusto Pedreira e Antônio José Dourado Rocha, que vêm se dedicando a estudar a evolução geológicada Chapada Diamantina, a Formação Tombador representa a deposição de areias  em um antigo deserto, que se formou há cerca de 1,6 bilhões de anos, sendo evidências para esta interpretação a presença de uma distribuição bimodal dos grãos e as marcas de pingos de chuva preservadas nestas rochas. Você poderá obter mais  informações sobre a  Formação Tombador nos sites


Nestes sites, você poderá também ver que, devido à excelente exposição destas rochas, este trecho da Serra do Tombador foi eleita como um Sítio Geológico a ser preservado, a partir de um projeto da UNESCO (Projeto SIGEP) cujo objetivo é divulgar e ajudar a preservar a história do Planeta Terra.  Veja também nos sites recomendados as excelentes fotografias.

Veja também, quando passar pela Serra do Tombador, que esta paisagem, que tem também valor cênico, e que, portanto, pela Constituição Federal de 1988, é um BEM  DA UNIÃO, ou seja, é propriedade do Governo Federal, está sendo degradada, em seu aspecto estético, por mineradores de arenito.

Além de ser um sítio Geológico de importância mundial, e de representar uma paisagem de interesse cênico, isto é, uma paisagem de alto valor estético, este trecho da Serra do Tombador abriga vários importantes sítios arqueológicos, que foram estudados e descritos pelo geógrafo Ademário Barbosa. Estes, infelizmente estão próximos da total destruição.




Contato entre os gnaisses do Complexo Mairi, fortemente
intemperizados, e a Formação Tombador, à direita na, foto, não visível.


Ponto 8 - Formação Caboclo, Estrada Jacobina - Lages do Batata



Afloramento de siltitos, e argilitos da formação Caboclo próximo ao contato com a Formação Tombador. Estrada Jacobina – Lages do Batata .






O Afloramento encontra-se na Estrada Jacobina - Lages do Batata, a norte da mesma,  nas coordenadas 11º05’148’’ S;  40º40’517’’.W Observa-se no local a presença da Formação Caboclo, de idade mesoproterozóica.  As rochas da Formação Cabocla são formadas por siltitos/arenitos finos e argilitos vermelhos, interestratificados. Estas rochas sedimentares de granulação fina da Formação Caboclo são consideradas de origem marinha, tendo sido possivelmente depositadas em profundidade abaixo do nível de base das ondas (MISI e SILVA,1996), Evidências para esta hipótese são a granulação fina dos sedimentos e a estratificação plano-paralela, horizontal ou quase,. A Formação Caboclo tem também fácies carbonáticos, os quais evidenciam o seu caráter marinho.
Do ponto de vista geomorfológico, o local situa-se no reverso da cuesta do Tombador, a oeste do “front” da mesma, fazendo parte da Bacia do Rio Salitre, afluente do São Francisco.
O clima local é ainda subúmido, como resultado da influência da cuesta do Tombador, muito próxima, que representa uma barreira orográfica para os ventos provenientes do litoral (“ondas de leste”), que trazem umidade do Atlântico. Poucos kilometros a oeste, o clima torna-se francamente semiárido e a caatinga é a vegetação dominante, mas no afloramento pode-se ainda verificar a transição entre a floresta estacional e a caatinga.
Os solos são mal desenvolvidos, tendo sido descritos (BRASIL, 1983) como solos litólicos (na classificação brasileira vigente, neossolos litólicos), tendo caráter eutrófico, como resultado de transformação de rochas argilíticas
Quanto ao uso do solo, verifica-se que as atividades econômicas são basicamente a pecuária e agricultura de subsistência.

Referências:


 
BRASIL. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SC.24/25Aracaju/Recife. Rio de Janeiro, 1983. v.30. 856 p. il. (Levantamento de Recursos Naturais, 30).
MISI, Aroldo; SILVA, Maria da Glória. Chapada Diamantina Oriental - Bahia: geologia e depósitos. Salvador: Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Superintendência de Geologia e Recursos Minerais, 1996 194 p. (Roteiros geológicos)
Discentes:
Ailton Araujo,Dilma Paturi,Humberto Maia, Jeissinaldo Marcedo, José Luzemário Jr, Naiara Gonçalves

Ponto 9 - Formação Bebedouro

    Formação Bebedouro

    Rocha: Sedimentar, conglomerado
    idade próxima  a 700 milhões de anos,
    Ambiente Periglacial, geleiras de altitude.


    • COORDENADAS GEOGRÁFICAS 
    • 11º 4' 13,3''S
    • 40º 45' 19,9'' W
    • O Ponto 10 fica localizado na margem norte  da BA 268, rodovia que liga  a cidade de Jacobina Ba ao povoado de Lages do Batata, no mesmo município.
    • No local afloram matacões de conglomerados com matriz fina e seixos de quartzo, quartzitos e gnaisses.
     A Formação Bebedouro ocorre na parte central do Estado da Bahia, na região da Chapada Diamantina Oriental e aflora de forma descontínua em uma área superior a 40.000 km2, nas bordas de amplas estruturas sinformais, conhecidas informalmente como “bacias” de Irecê, Salitre, Una-Utinga e Ituaçu. 

    A Formação Bebedouro  representa uma deposição singular  na coluna estratigráfica do Estado da Bahia, sendo constituída, em geral, de sedimentos texturalmente  imaturos, mal selecionados depositados no interior do Cráton do São Francisco durante o alvorecer do Proterozóico superior.
    • Clima: Semi-árido
    • Relevo: plano e levemente ondulado 
    • Vegetação: Pastagens sobre caatinga Solo: Latosolo vermelho-amarelo, rico em alumínio
    • Hidrografia: Bacia do rio Salitre, aquíferos cársicos frequentes. 
    • Atividade antrópica: plantio de sisal e agricultura
    Componentes: Ana Paula Moura, Dalete Mota de Carvalho, Naiara Gonçalves, Tiago Alves e Yara Dias.

    Ponto 11- Formação Morro do Chapéu, Cachoeira do Ferro Doido, Morro do Chapéu

    Cachoeira do Ferro Doido
     Estrutura sedimentar com estratificação plano-paralele e cruzada.
    Cânion do Rio Ferro Doido
    Afloramento,localizado às margens da Estrada do Feijão, a cerca de 18 km de Morro do Chapéu, no sentido Morro do Chapéu – Mundo Novo, tem coordenadas 11º37’51, 6’’S; 40º59’97,9’’W, com elevação de 887 metros

    Constitui-se de arenitos médios, da formação Morro do Chapéu, bem selecionados com abundantes estratificações cruzadas dos tipos tabular e acanalado, de espessura decimétrica, exibindo ainda laminação plano-paralela e marcas de ondulação simétrica e assimétrica, interpretados como resultado da deposição em ambiente estuarino (SILVEIRA, 1991, apud MISI  e  SILVA, 1996). Encontra-se acima da formação Caboclo.
    O local é formado por extensos lajedos, onde se desenvolve vegetação rupestre, embora nas proximidades, desde Morro do Chapéu, possa ser constatada a presença de formações vegetais do tipo cerrado, bem como manchas de floresta estacional e, mesmo de floresta estacional com características transicionais para caatinga. A variação da vegetação, em distância tão pequena, parece ser resultante de diferentes tipos de solos e de mudanças locais do relevo, o que condiciona variações de umidade e fertilidade. (VALVERDE, T, comunicação verbal, 2008).
    O Rio Ferro Doido, de natureza  intermitente,  é afluente do Jacuípe. Sua água é avermelhada, possivelmente devido à presença de substâncias húmicas em alta concentração.
    Segundo informações de moradores locais, a origem do nome “Ferro Doido” se deu pela grande procura por diamantes carbonados, no local. Como as rochas possuem alto grau de dureza, as ponteiras das ferramentas utilizadas pelos garimpeiros se desgastavam rapidamente, e tinham de ser constantemente amoladas, gastando “um ferro doido”.

    Referências:
    BARBOSA, Johildo Salomão; DOMINGUEZ, Jose Maria Landim. Geologia da Bahia: texto explicativo. Salvador: SICM : Superintendencia de Geol. e Recursos Minerais, 1996 382p.
    MISI, Aroldo; SILVA, Maria da Glória. Chapada Diamantina Oriental - Bahia: geologia e depósitos. Salvador: Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Superintendência de Geologia e Recursos Minerais, 1996 194 p. (Roteiros geológicos)
    Discentes:
    Ailton Araújo, Dilma Paturi,  Humberto Maia, José Luzemário, Jeissinaldo Macedo, Naiara Gonçalves.





    Ponto 10 - Formação Salitre

    Ilustração 1: Panorâmico da vegetação e relevo.

    Afloramento localizado do lado Norte da Rodovia Lages do Batata à Várzea Nova BA.

    Coordenadas Geográficas
    S   11° 05’ 353’’
    W 40° 50’ 134"           




    No local, afloram calcários da formação Salitre, sob forma de matações e blocos menores deslocados. A Formação Salitre, constituida por calcários neoprotorozóicos, representa uma invasão marinha, tendo sido depositada em águas razas, inclusive com estromatólitos, presentes a poucos kilometros deste local, no sítio paleontológico da Fazenda Arrecife. (SRIVASTAVA e DOURADO, 1999).



    A região constitui um planalto calcário, em que se pode observar um relevo plano e levemente omdulado, com vegetação de caatinga e solos avermelhados pouco desenvolvido, classificados pelo projeto RADAM, (BRASIL, 1983), como cambissolos. São solos muito rasos, com horizonte B incipiente, eutroficos, devido a sua origem relacionada ás rochas calcarias.


    O clima é semi-arido, e a densidade de drenagem é muito baixa, com escoamento subterrâneo. A atividade econômica se resume na cultura do sisal e na agricultura de subsistência, embora exista um grande número de poços tubulares, com vazões significativas, especialmente no município de Várzea Nova. 

    • Clima: Semi-árido
    • Relevo: Plano e levemente ondulado.
    • Vegetação: Caatinga.
    • Solo: Cambissolo, que se caracteriza essencialmente por apresentarem horizonte B incipiente (pouco desenvolvido).
    • Hidrografia: Subterrânea.
    Ilustração 2: Calcário de formação Salitre (carbonato de cálcio)
    • Atividade Econômica: Pastagem e sisal.                      

    Componentes: Evaldo  Carvalho, Cristiane Agustinho, Arielson Passos, Roberta Souza e Thiago Almeida


     Referências:

    BRASIL. Departamento de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais, Folha Goiânia (SE-22). Rio de Janeiro 1983.
     
    SRIVASTAVA, N, Rocha, A.J.D. Fazenda Arrecife,Ba Estromatólitos neproterozoícos. Em: http://vsites.unb.br/ig/sigep/sitio061.htm. acesso em agosto 2010

    quinta-feira, 19 de agosto de 2010

    Ponto 6 -Feições erosivas em solos do Complexo Mairi,

    Corte em solos areno-argilosos, provavelmente latossólicos, no domínio do Complexo Mairi.  Observa-se à esquerda da foto a presença de "pipes", e, à direita, início de formação de voçorocas.

    O ponto  localiza-se à esquerda da estrada, coordenadas 11º4'136"S, 40º45'199"W, em solos alaranjados, provavelmente latossólicos,  formados sobre rochas do Complexo  Mairi. Observam-se feições de "piping", originadas pelo fluxo subsuperficial, bem como o início de formação de voçorocas.

    Este ponto está localizado no "front" da cuesta da Serra do Tombador, podendo ser visualizados, a partir dele, os elementos desta feição de relevo, tais como a cornija , formada pelos arenitosTombador.

    À direita da estrada, pode-se observar a presença de um morro testemunho, formado por  camadas da Formação Tombador separadas do front da cuesta por uma sela erosiva.


    Morro Testemunho visto a partir do Ponto 6, no qual se observa, no topo, rochas da Formação Tombador sobrepostas ao Complexo Mairi.


    Beatriz
    Claudia
    Laíne
    Taise Batista
    Patricia
    Roberta Conceição