sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ponto 3 - Formação Rio do Ouro, Entrada da Cidade de Jacobina,

Reconhecemos marcas de ondas numa  rocha
que  evidenciam a existência de um ambiente 
fluvial no passado, as marcas  ficaram
 preservadas pelo processo de litificação (diagênese)




Afloramento da Formação Rio do Ouro, localizado na  entrada de Jacobina, com coordenadas  11º 11' 13,6''S;  40º 30' 13,3'' W. 

No afloramento observa-se a presença de quartzitos esbranquiçados com marcas
de ondas assimétricas (ver fotografia) . A estratificação apresenta-se subvertical.

A Formação Rio do Ouro, tem  idade mínima de  1,9 bilhões de anos. Está  sobreposta à Formação Serra do Córrego, tendo de 2000 a 2300m de quartzito quase puro, com granulação fina a média. A maior porção desta seção é bem exposta na área drenada pelo Rio do Ouro, e aqui denominada Formação Rio do Ouro.
Esta unidade, na parte sul da Serra da Jacobina, integra a "Série" Jacobina,  dividida, da mais antiga à mais recente, nas seguintes formações: Bananeira, Serra do Córrego, Rio do Ouro e Cruz das Almas. GRIFFON (1967) define a Formação Rio do Ouro, na
parte central da Serra da Jacobina, como constituída de quartzitos brancos e verdes e conglomerados locais. MASCARENHAS(1969a) por sua vez, define esta formação, na parte norte da Serra da Jacobina, como composta apenas de quartzitos brancos e verdes. Mais recentemente, INDA & BARBOSA (1978) referenciam a Formação Rio do Ouro como constituída de "quartzitos brancos e verdes, imaturos, bem selecionados, com raros níveis conglomeráticos, contendo metaperidotitos associados, diques de orto-
anfibolitos, metagabros anfibolitizados e camadas de xisto e cianita e andaluzita".

No local, o relevo, classificado como uma serra residual, é fortemente escarpado, com “hogbacks” de vertentes subverticais e altitudes que atingem cerca de 900 metros, sendo sustentado pela presença dos quartzitos, rochas resistentes ao intemperismo.

O clima é subúmido, com totais pluviométricos elevados em relação ao restante do sertão do Estado da Bahia, sendo que as precipitações atingem localmente 1100 – 1200 mm por ano. A vegetação predominante, nas serras quartzíticas, é o campo rupestre, arbustivo, que se desenvolve sobre afloramentos de rochas ou sobre neossolos litólicos de pouca espessura.

A elevada densidade do fraturamento dá origem a acumulações de água em aqüíferos fissurais, que, ao serem interceptados pela superfície topográfica, originam muitas nascentes.

A ocupação da região iniciou-se em fins do século XVII, e no início do século XVIII. A  extração do ouro ocasionou o povoamento e, por consequência disso, foram abertas estradas para melhor acesso a tais localidades.

Discentes: Eleildes França, Juliano Santos, Lucas Araújo e Yara Dias.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, JOHILDO SALOMAO FIGUEIREDO; DOMINGUEZ, JOSE MARIA LANDIM. O NOVO MAPA GEOLOGICO DO ESTADO DA BAHIA AO MILIONESIMO.  SALVADOR, SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA, NUCLEO BAHIA/SERGIPE,1993. 368P.P.6, 1993

Um comentário:

  1. nunca imaginei que pequenas coisas que passam por despercebido em nosso cotidiano pudesse trazer tanta informações!!!!!!!!
    é muito válida essa idéia de mostrar isso ao mundo parabéns!!!!!!!!!!!!!!!

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